Operação da PF apura desvio de recursos públicos em contratos com empresa de TI

Nesta terça-feira, 29 de agosto, a Polícia Federal (PF) está realizando uma operação com o intuito de investigar o desvio de recursos públicos através de contratações fraudulentas de uma empresa de Tecnologia da Informação (TI).
Um total de 50 mandados de busca e apreensão estão sendo executados em locais no Distrito Federal, Goiás, Rio de Janeiro, Ceará, Rio Grande do Norte e Paraíba. No Rio de Janeiro, especificamente, três mandados foram cumpridos, incluindo um em um edifício residencial no bairro Catete, zona sul da cidade. Após duas horas de investigação, os policiais deixaram o local com um malote.

A “Operação Bouchonée” – termo que significa “arrolhado” em francês e é frequentemente usado em referência a vinhos com defeitos – tem o objetivo de investigar contratos firmados com o Ministério da Integração Nacional, o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e a Fundação Nacional de Saúde (Funasa), totalizando um montante de R$ 16 milhões. A organização sob investigação também tentou estabelecer um contrato com a Embratur, porém, não obteve êxito.

Para dissimular o dinheiro desviado dos órgãos públicos, os suspeitos utilizaram lojas de vinhos. Uma dessas lojas recebeu transferências de mais de R$ 3 milhões da empresa de TI investigada em um período de quatro meses.
A Justiça Federal ordenou o bloqueio de aproximadamente R$ 22 milhões nas contas dos envolvidos. Além disso, servidores públicos foram afastados de suas funções, e a empresa em questão foi proibida de firmar novos contratos.

Segundo a PF, “As provas coletadas no Inquérito Policial apontam que os investigados fraudaram inicialmente uma licitação no Ministério da Integração, que resultou em uma ata de registro de preços, instrumento que viabilizava que outros órgãos contratassem diretamente a empresa investigada, por meio de adesões a essa ata.”

Os indivíduos envolvidos enfrentarão acusações de peculato, organização criminosa, lavagem de dinheiro, fraude à licitação, falsificação de documento particular, corrupção ativa e passiva. As penas máximas associadas a esses crimes, se acumuladas, poderiam chegar a mais de 50 anos de